Em 2014, a Federação Mundial de Neurologia instituiu o Dia Mundial do Cérebro a 22 de julho, com o objetivo de promover o conhecimento geral e a prevenção de doenças neurológicas nesta perspetiva, o que podemos fazer para cuidar da saúde do cérebro?
Os nossos hábitos e estilos de vida ajudam a cuidar e a preservar a saúde do cérebro, reduzindo o risco de doença cerebrovascular (AVC) e de demências.
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Como tal, neste artigo indicamos algumas recomendações que contribuem para ajudar a manter e melhorar a saúde cerebral.
Promover a atividade intelectual e social
Estimular diariamente o cérebro com diferentes atividades intelectuais aumenta a reserva cognitiva, ou seja, a capacidade de “acomodar” doença sem ter manifestações clínicas (promover hábitos de leitura regulares, aprender uma língua nova, ouvir música, aprender a tocar um instrumento musical ou manter hábitos sociais ativos).
Manter uma dieta equilibrada e variada
Seguir uma dieta mediterrânica e evitar erros alimentares comuns (a ingestão de teores elevados de sal e gorduras; tabagismo ou consumo excessivo de álcool, que aumentam o risco de hipertensão arterial, diabetes e de colesterol elevado, estão entre os fatores que podem causar danos vasculares e consequentemente dificuldades cognitivas, afetando a concentração ou atenção e a memória).
Praticar exercício físico
A atividade física reduz o risco cerebrovascular, atenua o stress e sabe-se hoje que estimula diretamente o cérebro e as funções cerebrais.
Reduzir os níveis de stress e ansiedade
Quando se manifesta de forma continuada, o stress afeta a concentração, a memória e o rendimento intelectual, e pode estar na origem de doenças mentais; a depressão é um fator de risco para doenças neurodegenerativas e pode ser também a primeira manifestação de outra doença subjacente, por exemplo da doença de Parkinson.
Cuidar da saúde do seu sono
Existe uma relação bem estabelecida entre doenças de sono e fatores de risco vasculares, ocorrência de AVC, depressão e ansiedade. A má qualidade do sono pode induzir efeitos comuns, como cansaço, falta de concentração ou irritabilidade. Alguns estudos recentes têm encontrado uma associação entre insónia e risco de desenvolver demência neurodegenerativa a longo prazo.
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Dra. Rita Miguel
Neurologista da Clínica de Neurociências e Saúde Mental do Hospital Cruz Vermelha
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