Existem vários tipos de vírus do papiloma humano (HPV). Uns manifestam-se como condilomas, as ditas “verrugas”, outros, referidos como de alto risco (HPV AR), podem causar cancro do colo do útero, da vagina, do pénis, da boca e da garganta. O cancro do colo do útero é, de todos, o mais frequente.
Atualmente, a única forma de prevenção é a vacina, que deve ser administrada antes do início da atividade sexual, tendo menor eficácia mas algum benefício, se for depois. Esta vacina está incluída no Plano Nacional de Vacinação desde 2008 para as raparigas e desde 2020 para os rapazes, aos 10 anos de idade.
A transmissão deste vírus, ocorre principalmente por via sexual e um único contato com um parceiro infetado é suficiente. Como a grande maioria das pessoas infetadas não têm sintomas, podem transmitir o vírus. A utilização de preservativo é uma forma muito eficaz para prevenir outras doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, não protege contra o HPV. A infeção pelo HPV acontece alguma vez na vida em, pelo menos, 80% das pessoas sexualmente ativas.
Quando a infeção acontece, a maioria é resolvida em 12 meses, mas quando o vírus persiste passa a existir um risco real de cancro do colo do útero. Pelo facto de a infeção ser assintomática, é fundamental o rastreio do cancro do colo do útero, através da pesquisa do vírus e/ou colpocitologia, para detetar as mulheres em risco.
O que é a colposcopia?
A colposcopia está formalmente indicada nas seguintes situações:
- Alterações na citologia do colo do útero;
- HPV16 e/ou HPV18 positivo ou HPV AR (não 16/18) persistente;
- Perda de sangue nas relações sexuais (coitorragias);
- Lesão visível do colo do útero, vagina ou vulva.
É um exame que permite identificar e avaliar a gravidade das lesões causadas pelo HPV. Na maioria das situações não é doloroso pelo que não necessita de anestesia.
É utilizado um colposcópio (tipo de microscópio) e a aplicação de líquidos que ajudam a evidenciar as alterações das células. São realizadas biópsias sempre que necessário para esclarecer o diagnóstico. Se forem detetadas alterações com risco importante de evoluir para cancro, ou mesmo cancro, é proposto um tratamento que, numa fase inicial, pode ser curativo.
Concluindo, o rastreio regular e a colposcopia são fundamentais na prevenção, deteção e tratamento precoce do cancro do colo do útero, pelo que os deve programar sempre que for recomendado.
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