Os sintomas mais frequentes de uma doença de origem alimentar são dores de estômago, vómitos e/ou diarreia, que dependem da causa da doença e podem ocorrer logo após a ingestão do alimento ou levar dias/semanas a aparecer.
A presença de microrganismos patogénicos, como a Salmonella, a Listeria monocytogenes ou a Campylobacter, pode não ser visível, mas os seus efeitos são reais, e para assinalar o Dia Mundial da Segurança Alimentar partilhamos 5 erros comuns que deve evitar na cozinha na manipulação de alimentos.
Não lavar adequadamente as mãos e os utensílios
- Garantir a boa higienização das mãos com água corrente e sabão antes e depois de manipular os alimentos, de estar em contacto com animais e após atividades de jardinagem.
- Limpar bem as bancadas e utensílios antes de iniciar a preparação e antes da confeção dos alimentos.
Misturar os alimentos crus com os cozinhados
- Não misturar alimentos crus e cozinhados durante a preparação dos alimentos.
- Limpar as bancadas e utensílios que estiveram em contacto com os alimentos crus: evite utilizar a mesma tábua de corte, faca, garfo ou colher para alimentos diferentes.
- Guardar os alimentos em recipientes fechados para que não haja contacto entre alimentos crus e cozinhados.
Cozinhar mal ou reaquecer incorretamente os alimentos
- Cozinhar bem a carne e o pescado até obterem uma consistência firme, o marisco e bivalves até atingir o ponto de fervura, e os ovos firmes (gema e clara).
- Reaquecer os alimentos uma única vez a altas temperaturas por algum tempo ou até atingir o ponto de fervura.
Alimentos a vigiar pelo seu elevado risco de infeção:
Peixe cru ou malcozinhado, ceviche, sushi, sashimi, pescado fumado refrigerado, patês de carne/pescado/marisco; carnes frias curadas ou fumados; sobremesas com ovos crus (mousse, tiramisu, gelados); maionese e molhos caseiros preparados com ovo cru; leite e derivados não pasteurizados e queijos de pasta mole ou mal curados.
Deixar os alimentos a temperaturas indesejáveis
- Transportar os produtos refrigerados e congelados em sacos térmicos após as compras.
- Respeitar as diferenças de temperatura no interior do frigorífico, uma vez que esta não é homogénea e a organização dos alimentos deve ser adequada:
- Zona superior (mais fria): iogurtes, queijos, natas, compotas e alimentos já cozinhados em recipientes fechados.
- Zona intermédia: carne, pescado, fiambre e outros produtos de charcutaria, conservas abertas e produtos de pastelaria.
- Zona inferior: produtos em descongelação em recipientes que evitem o derrame de líquidos.
- Gavetas inferiores: hortícolas, frutas e leguminosas frescas.
- Porta: manteiga, margarina, leite, água.
- Efetuar as descongelações no frigorífico em vez de a temperatura ambiente e nunca congelar um alimento que já foi previamente descongelado.
- Não deixar alimentos cozinhados mais de 2 horas a temperatura ambiente. Os alimentos cozinhados e/ou perecíveis devem ser rapidamente refrigerados.
Usar água e matérias-primas em condições inadequadas
- Utilizar água potável e selecionar alimentos variados e frescos.
- Lavar bem os hortícolas e fruta frescos, em água corrente e de preferência imediatamente antes de cozinhar ou servir.
- Consultar e interpretar os rótulos para respeitar os respetivos prazos de validade e condições de conservação.
- Guardar os alimentos depois de abertos em recipientes apropriados de vidro ou de outro material próprio para armazenar alimentos e conservar no frigorífico por um período máximo de 3 dias.
A segurança alimentar começa em sua casa e ao seguir estas boas práticas de manipulação de alimentos está a proteger a sua saúde e a da sua família.
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Dra. Patrícia Almeida Oliveira
Coordenadora da Nutrição Clínica
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