O Dia Mundial da Diabetes foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A data foi estabelecida em resposta ao aumento mundial dos casos de diabetes e para promover a consciencialização sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e controlo da doença.
Em 2006, o Dia Mundial da Diabetes foi oficialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde então, o dia 14 de novembro é celebrado, coincidindo com o aniversário de Frederick Banting, um dos descobridores da insulina, em 1921.
De acordo com a IDF, cerca de 537 milhões de adultos (entre 20 e 79 anos) tinham diabetes em 2021, correspondendo a aproximadamente 10,5% da população mundial adulta. A estimativa é de que este número aumente para 643 milhões até 2030 e para 783 milhões até 2045. Além disso, um grande número de pessoas vive com diabetes não diagnosticada, o que reforça a gravidade do problema.
A diabetes é uma doença crónica que afeta a forma como o corpo utiliza a glicose, que é a principal fonte de energia para o corpo. Quando comemos, os hidratos de carbono dos alimentos são convertidos em glicose, que é transportada pelo sangue até as células.
Para que a glicose entre nas células, o corpo precisa de insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas. Nas pessoas com diabetes, o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la adequadamente, o que favorece a hiperglicemia.
Existem três tipos principais e mais comuns de diabetes:
- Diabetes Tipo 1: ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas que produzem insulina. Pessoas com diabetes tipo 1 precisam de tratamento com insulina diariamente.
- Diabetes Tipo 2: É o tipo mais comum e geralmente se desenvolve em adultos. Ocorre quando o corpo não utiliza eficazmente a insulina. O seu tratamento pode incluir alterações do estilo de vida, medicamentos orais ou injetáveis e pode ser necessária insulina.
- Diabetes Gestacional: Acontece durante a gravidez em mulheres que nunca tiveram diabetes antes. Embora geralmente desapareça após o parto, é um fator de risco de diabetes tipo 2.
Clinicamente a diabetes pode ser silenciosa, principalmente a tipo 2. No entanto, alguns sinais comuns incluem sede excessiva, aumento da frequência urinária, cansaço excessivo ou perda de peso.
Alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver diabetes tipo 2 incluem história familiar, obesidade, sedentarismo, hipertensão, hipercolesterolemia e idade acima de 45 anos.
A diabetes tipo 2, por ser amplamente influenciada pelo estilo de vida, pode ser prevenida ou adiada com mudanças nos estilos de vida. A diabetes mal controlada pode implicar complicações graves. As mais comuns incluem doenças cardiovasculares, problemas renais, lesões nos nervos (neuropatia), complicações nos olhos (como a retinopatia diabética) e até amputações. Por isso, o controle dos níveis de glicose no sangue é essencial para prevenir complicações e manter a qualidade de vida.
Cuide de sua saúde! Lembre-se, a diabetes é uma doença silenciosa, mas que pode trazer consequências graves para a saúde se não for bem controlada. No entanto, a diabetes controlada pode permitir uma vida funcional e ativa. Neste Dia Mundial da Diabetes, reflita sobre os seus hábitos. Procure praticar uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente e ter cuidado com o seu peso. A prevenção começa em pequenas atitudes diárias e o impacto positivo pode ser para toda a vida.
Dra. Inês Manique
Especialista em Endocrinologia no HCV
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