O Hospital Cruz Vermelha, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes foram os primeiros hospitais em Portugal a subscreverem uma declaração de intenções, sinalizando o interesse para fazerem parte da rede de hospitais HL7- FHIR (Health Level Seven International -Fast Healthcare Interoperability Resource).
O objetivo principal é tornar realidade a interoperabilidade global em saúde, pelo desenvolvimento de normas e sua adoção e implementação – para que exista um mundo onde todos possam aceder e utilizar, de forma segura, o direito que têm aos seus dados de saúde, quando e onde deles necessitem.
Esta “rede para a saúde” já é uma realidade em alguns países da União Europeia com algumas iniciativas, como por exemplo, a receita eletrónica ou com o “Patient Summary” (conjunto de informações necessárias sobre o doente como alergias, histórico de medicamentos ou resultados de testes que está a ser realizado pelos Médicos de medicina Geral e Família do SNS).
Mantendo a conceção do HL7 (níveis de interoperabilidade) de um mundo, no qual o acesso aos dados de saúde fica prontamente disponível para todos quando e onde for necessário, o FHIR gera conexões entre diferentes pontos do sistema de saúde para facilitar uma troca segura de dados em tempo real e melhorar o atendimento ao doente.
Esse é o caso, por exemplo, da necessidade da interoperabilidade clínica no rastreamento da pandemia da Covid-19. Dessa forma, é indiscutível a necessidade dos médicos, farmácias, hospitais, fornecedores, cuidadores e outras organizações clínicas, de trocar informações em tempo real.