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A convivência com os netos: uma fonte de energia e bem-estar

Convivência com os netos

A convivência entre avós e netos é especial em diversas dimensões e transcende a idade e as gerações. Os laços e interações que se criam entre ambos trazem consigo um conjunto de benefícios com um impacto na saúde física, mental e emocional dos avós.

Diversos estudos já conseguiram demonstrar os benefícios desta relação intergeracional, nomeadamente no campo da saúde mental e demências. Através de conversas, jogos, partilha de experiências, ajudando nos trabalhos de casa, contando histórias e inúmeros desafios diários que os netos vão colocando, os avós utilizam, de diversas maneiras, as suas capacidades cognitivas, como a memória, a concentração, o cálculo ou a resolução de problemas.

E, se por um lado os avós são fontes de experiência e conhecimento, repletos de histórias de vida que gostam de relembrar e partilhar com os mais novos, também os netos se tornam, muitas vezes, os educadores dos avós, ajudando-os a conhecer e, por vezes, aprender a lidar com os desafios das gerações mais novas, como por exemplo a tecnologia, as novas ideologias e a manterem-se atualizados num mundo em constante transformação.

No campo emocional, a companhia que os netos fazem aos avós, o carinho que dão gratuitamente, os sorrisos que partilham, a missão de cuidar dos mais pequenos que confere a sensação de vida útil aos avós ou a convivência com idades mais novas cheias de vida e esperança geram felicidade, reduzem os níveis de ansiedade e conferem um novo propósito à vida dos avós, reduzindo o risco de depressão e isolamento.

A nível físico, cuidar dos netos, torna-se, a maior parte das vezes, um estímulo para o exercício. Nas mais diversas idades, desde o cuidar dos mais pequenos, por norma, ativos e curiosos – o que pode exigir muita energia – até brincadeiras ao ar livre, passeios no jardim ou, simplesmente, acompanhar os netos nas suas atividades diárias, como o caminho para a escola ou atividades extracurriculares, são tudo formas de exercício e movimento, que ajudam a prevenir a fragilidade e perda de massa muscular. Aumentam a flexibilidade, diminuem o risco de quedas, de desequilíbrio e promovem a resistência cardiovascular. O exercício acaba por trazer também benefícios no apetite, no sono e na felicidade.

Estes são apenas alguns exemplos de como a convivência entre avós e netos, entre os mais idosos e os mais novos, se podem tornar fonte de energia e bem-estar, muito para além do sentido de família, tornam-se um sentido de vida.

Dr. Francisco Silva
Coordenador da Medicina Interna do HCV

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